quarta-feira, 27 de junho de 2012

Dia da liberdade

Nem sempre é fácil explicar às crianças o 25 de abril de 1974. 

Através de uma fábula dos feijões, "como quem conta um conto acrescenta um ponto", explorámos este importante marco da nossa história portuguesa.
O resultado foi muito positivo. Ora vejam o reconto da história:


"Era uma vez um país chamado Jardim-à-Beira-Mar- Plantado. 
Nesse país viviam feijões e feijocas, bem gordinhas e jeitosas. 
Certo dia três feijões, o Carrapato, o Fidalgo e o Frade, pensaram que eram os melhores e decidiram ficar com o sol, o ar e a água só para eles. 
O Jardim-à-Beira-Mar-Plantado, que era até então um país cheio de cor e de alegria, ficou cinzento e cheio de tristeza. Porque os feijões não podiam dizer o que queriam e as feijocas tinham de ficar em casa, a cuidar dos bebés feijões e não havia liverdade. 
Até que, certo dia, após quarenta e oito anos de uma vida escravizada, apareceu um feijão, o Vermelho, que começou a segredar ao ouvido de cada feijão o que pensava. Ele acabou por Influenciar outros feijões, que passaram a manifestar-se, escrevendo nas paredes e nas folhas de couve, que eram os seus jornais.
Os três feijões, ao verem aquela situação pelo país, mandaram chamar o feijão Rajado e o feijão Verde. Prometeram-lhes que se os ajudassem teriam um raio de sol e um pedacinho de ar e uma gota de água,mas, só às vezes!
Ao Feijão Rajado deram uns ouvidos grandes, responsável pela PIDE. 
Ao Feijão Verde deram um pau. 
Para os ajudar, inventaram um lápis corretor que riscava a azul todas as palavras que não podiam sair.
A determinada altura, os primos dos feijões cinzentos, os feijões preto de além-mar, revoltaram-se e mandaram todos embora. Muitos feijões cinzentos foram enviados para além-mar. Houve uma guerra colonial em que morreram muitos feijões, cinzentos e pretos.
Os três feijões começaram a perceber que não podiam ganhar a guerra nem conter o país. 
O Feijão Rajado e o Feijão Verde também aperceberam-se que os três feijões tinham agido mal e juntaram-se aos feijões que se revoltaram.
A partir daquela data, 25 de abril, todos os feijões passaram a serem mais felizes porque eram livres.
Daí dizermos que é o dia da liberdade. "


PATRÍCIA, 4º ano

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